A Bíblia – C. H. Spurgeon

Pregado na Manhã de Domingo, 18 de Março de 1855

por C. H. Spurgeon

No Exeter Hall, Strand— Londres —Inglaterra

“Escrevi-lhe as grandezas da minha lei, porém essas são estimadas como coisa estranha” (Oséias 8:12)

Esta é a queixa de Deus contra Efraim. Não é uma prova insignificante de Sua bondade, que Ele se incline para repreender Suas criaturas errantes; é uma grandiosa evidência de Sua disposição cheia de graça, que incline Sua cabeça para observar os assuntos da terra […]

“Podemos dizer da BÍBLIA: “És o gabinete do conselho revelado de Deus! Onde venturas e angústias estão de tal maneira ordenadas que todo homem sabe o que lhe corresponderá. Exceto por seu próprio erro ou falsa aplicação. És o índice da eternidade. Não poderá deixar de receber a eterna felicidade.

Quem se guie por este mapa, Nem pode se equivocar quem fale por ele. É o livro de Deus. Quero dizer é o Deus dos livros, e peço que aquele que olhe, com ira para essa expressão, como muito ousada, abafe seus pensamentos em silêncio, até encontrar outra”.

A Necessidade do Espírito Santo – C. H. Spurgeon

“Ora, nós não temos recebido o espírito do mundo, e sim o Espírito que vem de Deus, para que conheçamos o que por Deus nos foi dado gratuitamente” (I Coríntios 2.12)

Caro leitor, você recebeu o espírito que provém de Deus, forjado pelo Espírito Santo em sua alma? 

A necessidade da obra do Espírito Santo no coração pode ser claramente vista a partir deste fato, que tudo o que foi feito por Deus, o Pai, e o Filho de Deus, deve ser ineficaz para nós, a menos que o Espírito revele essas coisas às nossas almas. Qual o efeito que a doutrina da eleição tem sobre qualquer pessoa até que o Espírito de Deus entre nela? A eleição é letra morta na minha consciência até que o Espírito de Deus me chame das trevas para a maravilhosa luz de Jesus. Então, pela minha chamada, eu vejo a minha eleição, e conhecendo a mim mesmo como alguém que foi chamado por Deus, eu sei por mim mesmo que fui escolhido no propósito eterno.

A aliança foi feita com o Senhor Jesus Cristo, por seu Pai; mas que aproveita essa aliança para nós até que o Espírito Santo nos traga esta bênção, e abra os nossos corações para recebê-la? Existem bênçãos fixadas no cravo – Cristo Jesus, mas, sendo nós de estatura baixa, não podemos alcançá-las; o Espírito de Deus as abaixa e as manuseia para nós, e, assim, tornam-se realmente nossas. As bênçãos da aliança em si mesmas são como o maná no céu, distantes do alcance do mortal, mas o Espírito de Deus abre as janelas do céu e dispersa o pão vivo ao redor do acampamento do Israel espiritual. O trabalho consumado por Cristo é como o vinho armazenado no lagar; por causa da incredulidade não podemos bebê-lo.

O Espírito Santo mergulha o nosso cálice neste precioso vinho, e então o bebemos, mas sem o Espírito somos como verdadeiramente mortos no pecado como se o Pai nunca tivesse nos elegido, e como se o Filho nunca nos tivesse comprado com seu sangue. O Espírito Santo é absolutamente necessário para o nosso bem-estar. Vamos caminhar com amor em direção a Ele e temendo o pensamento de virmos a entristecê-lo.

O Engano do teu Coração | Jonathan Edwards

Sonda-me, ó Deus, e conhece o meu coração, prova-me e conhece os meus pensamentos, vê se há em mim algum caminho mau e guia-me pelo caminho eterno (Salmos 139.23,24).

“Nosso problema em reconhecer se há em nós algum caminho mau não é por falta da luz externa. Certamente Deus não falhou em nos dizer clara e abundantemente quais são os maus caminhos. Ele nos deu mandamentos mais do que suficientes que mostram o que deveríamos e o que não deveríamos fazer; e eles estão claramente colocados diante de nós na sua Palavra. Então, nossa dificuldade em conhecer nosso próprio coração não é pelo fato de nos faltarem normas adequadas.

Como é possível as pessoas viverem de maneira que desagradam a Deus – e no entanto parecerem completamente insensíveis a isso e seguirem em frente totalmente esquecidas de seus pecados? ” […]

Ouça a pregação completa, no vídeo abaixo:

Confissão de Pecado! – C. H. Spurgeon – Sermão n° 113

“Meu sermão esta manhã terá sete textos e minha pregação será centrada em apenas duas palavras de cada um, porque os sete textos são todos semelhantes e ocorrem em sete porções diferentes da santa Palavra de Deus. Porém, eu usarei o contexto de todos eles para exemplificar casos diferentes; e peço a vocês que trouxeram suas Bíblias que os acompanhem a medida que forem mencionados.

O tema desta manhã será – CONFISSÃO DE PECADO. Nós sabemos que isto é absolutamente necessário à salvação. A menos que haja uma verdadeira e sincera confissão de nossos pecados a Deus, não temos nenhuma promessa que nós acharemos clemência no sangue do Redentor. “Todo aquele que confessar seus pecados e os abandonar achará misericórdia” . Mas não há nenhuma promessa na Bíblia para o homem que não confessar seus pecados .

Há muitos que fazem uma confissão, e uma confissão diante de Deus, e não recebem nenhuma bênção, porque a confissão deles não tem certas marcas que são requeridas por Deus, que provariam sua genuinidade e sinceridade e que demonstrariam terem sido fruto do trabalho do Espírito Santo.

Meu texto esta manhã consiste em duas palavras: “eu pequei”. E você verá como estas palavras, nos lábios de homens diferentes, indicam sentimentos muito diferentes. Enquanto uma pessoa diz “eu pequei” e recebe perdão, outro diz o mesmo, porém segue seu caminho para se enegrecer com pecados piores que antes e mergulha em profundezas maiores de pecado do que antes ele tinha experimentado.”

 

Os Ofícios de Cristo na Pregação da Cruz – Conrad Mbewe

cross

Leitura: 1 Coríntios 2.1 e 2

É preciso lembrar que temos de pregar a cruz a partir de um coração que está repleto desta mensagem – a cruz de Cristo. Não há dúvida de que uma das razões pelas quais muitos abandonaram a pregação da cruz é que as pessoas pensam que já estão “formadas” neste assunto. E mais, acham que já passaram para algo melhor, algo mais glorioso, mais satisfatório. Mas, na verdade, estas pessoas se tornaram pobres espiritualmente, porque não há como ir para algo maior do que a cruz de Cristo. Paulo devia saber disso muito bem e por isso diz no v.2 que ele “decidiu nada saber entre vós, senão a Jesus Cristo, e este crucificado”. É assim que deveria acontecer com cada um que for chamado a pregar. Isto não é algo de que alguém possa lhe convencer, mas é algo que o próprio Deus terá que revelar-lhe.

À medida que você estuda e pesquisa a velha rude cruz, precisa chegar àquele ponto em sua vida em que agora tem a convicção (e não interessa o que está à sua volta, mesmo que todos os seus amigos tenham abandonado esta mensagem da cruz), que o leva a sentir um senso de contentamento de permanecer na pregação da cruz de Cristo. E a razão para isso é que você vê tanto na cruz, que uma vida inteira não é tempo suficiente para esgotar a riqueza que nela há.

Precisamos sentir que ao lidar com pecadores a cruz é suficiente. Enquanto lidamos com os santos, a cruz também é suficiente. Precisamos estar contentes ao lidar com a mensagem da cruz até a nossa morte. Com certeza é isto que Paulo está dizendo neste texto. Ele está refletindo a respeito do seu próprio ministério quando ele está em Corinto. A igreja estava sofrendo com divisões, pois as pessoas estavam seguindo uma personalidade ou outra. E Paulo diz que não lançou aquele tipo de semente (divisão) na igreja de Corinto. Ele está dizendo que desde que chegou ali não pregou a si mesmo, mas estava tratando apenas de um assunto em toda sua largura e espessura, sua altura e profundidade: a cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. Paulo diz estar completamente surpreso do que vê e ouve naquele lugar.

Por que Paulo teria visto tanto valor na cruz? É que ele conseguiu enxergar que tudo o que Cristo veio fazer neste mundo tinha ligação com Sua morte. Aliás, o ministério que Jesus continua efetuando no céu nasce na cruz. Quando se lê o Antigo Testamento parece que tudo aponta para a cruz. Nós, portanto, deveríamos aprender a Bíblia de tal forma que estivéssemos sempre contemplando a cruz. Por exemplo, nós já ouvimos falar e aprendemos dos vários ofícios de Jesus. Que Jesus, no seu ofício de Salvador, opera como Profeta, Sacerdote e Rei. Mas pergunto: em quantas mentes estes três ofícios aparecem cristalinos na cruz? Para muitas pessoas, Jesus só é visto como Profeta durante o período em que passou aqui na Terra quando ensinava e pregava. E que Ele é Sacerdote quando se oferece a Si mesmo na cruz do Calvário. Quando chegamos aos Seu ofício de Rei nós o enxergamos quando agora está assentado à direita de Deus Pai.

Precisamos dizer algo a este respeito. Se nos limitarmos a esta visão estaremos roubando a nós mesmos do contentamento que podemos Ter em Cristo e este crucificado. Estamos ficando mais pobres porque não conseguimos enxergar Jesus em Seus três ofícios enquanto pendurado naquela rude cruz. Tenho a certeza de que não poderemos fazer a colocação apostólica a menos que possamos ver Cristo em Seus três ofícios quando pendurado no madeiro.

Ouça a palestra proferida no Encontro da Fiel para Líderes em Águas de Lindoia, em 1998. O autor é o Pastor Batista Conrad Mbewe, de Zâmbia – África.

Justiça Generosa – Tim Keller

justica_generosa_gTim Keller analisa a fundamental relação entre evangelho e justiça e nos dá uma visão bíblica de justiça social. Ele nos mostra que a preocupação com a justiça em todos os aspectos da vida não é acréscimo artificial nem contradição à mensagem das Escrituras, pois a Bíblia é a verdadeira base da justiça.

“Keller nos mostra como […] um espírito de generosidade e justiça pode modificar inteiramente não só uma pessoa, mas — em última análise — toda a sociedade […] O leitor encontrará muitas pedras preciosas em Justiça Generosa”

                                              The Washington Times

Assista ao vídeo de 30 min: